sábado, outubro 30, 2004

Dos jovens, para o futuro.



Caros camaradas,
Estamos sensivelmente a um ano das eleições autárquicas, é possível sabê-lo pelo crescente juntar de pessoas em torno do Partido Socialista. E não, não falo apenas dos que sempre aparecem quando julgam algo haver para ganhar. Falo sim dos que realmente acreditam, dos que realmente desejam a mudança, dos que sentem as dificuldades do nosso concelho, e por ele e pelos tomarenses querem com o seu esforço contribuir. Nestes, queremos incluir a JS.

Tem-se falado na polémica determinação aprovada em Comissão Política que diz que por princípio todas as listas devem incluir 50% de elementos jovens, elementos abaixo dos 40 anos. Esta determinação fez tremer muita gente, desassossegou muitos espíritos provavelmente já desassossegados. Muitos terão sentido que isto era algo encomendado e capaz de assentar muito bem na Juventude Socialista e em alguns dos seus elementos. E bem sabemos o que muitos pensam desta “escola de mafiosos”, este antro dos “doutores de bibe”, estes “cachopos que por aí andam a brincar à política”, que é a JS.

Pois sosseguem. Não queremos cotas, não queremos que olhem para nós como coitadinhos a quem é preciso atribuir cotas. Não. Temos a certeza das nossas qualidades, e se nos querem recear, temam-nos por elas, temos a certeza da nossa competência, sabemos que muito temos a aprender, mas muito temos também ainda para dar, e é apenas com base nisso que queremos que olhem para nós, e exigimos ser avaliados, de igual para igual, e apenas com base em critérios de qualidade e nada mais. Sabemos que não sairemos a perder.
Os mais preparados sabem que precisam da JS como nós precisamos do PS. E é apenas isso que queremos: estar ao lado do Partido no duro combate que vamos travar nestas autárquicas em prol dos interesses de Tomar e dos Tomarenses. Um combate aguerrido contra a mentira, a ilusão, o pretensiosismo e as magnificências do senhor António Paiva, do senhor Miguel Relvas e dos interesses que servem e daqueles que no PSD e fora dele lhes dão cobertura.

Tomar é hoje uma cidade, um concelho em letargia, vai sobrevivendo como um doente em coma agarrado à máquina. E nós jovens somos porventura aqueles que mais sentem, mais sofrem este estado das coisas. Constantemente, todos nós temos amigos, colegas, familiares que desistem, que vão embora. É inútil como os outros tentam, negar isto, todos o sabem, é evidente: os tomarenses estão a ir embora, em especial os mais jovens e Tomar está a envelhecer. Os problemas são recorrentes, já todos os conhecem, e nada tem sido feito para os resolver ou sequer atenuar: a Habitação cara e excessivamente burocrática, a falta de empregos – pois também as empresas fecham, ou fogem daqui; as más acessibilidades, os deficitários e caros serviços públicos, e de forma geral, o preço elevado da vida em Tomar, pois alguém se convenceu e nos convenceu que em Tomar éramos ricos e por isso aqui temos a vida mais cara. É disso sintoma o facto, por exemplo, que até a grande superfície do grupo Sonae, pratica em Tomar preços mais caros que nos concelhos à nossa volta!

Tudo isto faz afastar obviamente, os mais desfavorecidos, e de forma global, os mais jovens. Ora, é natural que num espaço envelhecido, conservador e conformista, seja difícil alterar as coisas. É compreensível, infelizmente, que aquilo que mais preocupa ao edil desta terra seja o acessório. As obras fúteis mas supostamente bonitas, caras mas supostamente necessárias, mal planeadas, mal concretizadas e na maioria das vezes, mal explicadas.

Ora, nós temos que fazer diferente se queremos salvar esta terra do coma em que se encontra, se queremos encontrar-lhe um caminho que a leve e a nós com ela, ao futuro. E então há perguntas, há problemas que outros ignoram, mas que nós teremos que tentar resolver:
O que é Tomar? O que é esta terra, do que vive, do que é que pode viver? Qual é o seu desígnio? Qual é o plano estratégico para o desenvolvimento, sustentável, desta terra? Sabemos donde viemos, e vamos vivendo à sombra disso, mas temos de saber é para onde vamos.
Estas são as perguntas a que não se responde construindo passadeiras ou a pôr cisnes de esferovite no rio!
É preciso planear, é preciso organizar, é preciso desburocratizar, é preciso pôr os tomarenses de novo a sonhar.
Sabemos que atravessamos tempos difíceis. Tempos de laxismo, de ociosidade, de inércia, de consumismo desenfreado, de alienação social, de total desinteresse pelos outros e pela causa ou coisa pública. Desinteresse por tudo aquilo que não produz um efeito, um resultado, ou acima de tudo, um ganho imediato. E por tudo isto, neste concelho, que como se disse já, grandemente conservador e conformista, o PS tem de chamar para o seu projecto as melhores pessoas, tem de saber reunir em seu torno os cidadãos, chamá-los a participar dum projecto que é seu, e que é de todo um concelho, e não apenas de alguns como o que temos tido.

É preciso recuperar velhos emblemas, como o de Tomar Cidade Templária, Tomar Cidade Jardim, Tomar Cidade dos Tabuleiros, Tomar Capital da Ordem de Cristo e por isso Capital dos Descobrimentos (E perdoem-me o referir constantemente a palavra cidade, mas o emblema deste concelho é a sua cidade). É preciso recuperar estes emblemas, mas não viver como até aqui, à sombra deles, é preciso usá-los para que nos projectem para o futuro, usá-los como aglutinadores duma ideia de cidade, uma cidade que vem do passado e que sempre foi importante nos momentos históricos da nossa nação, mas uma cidade que quer sair dos livros e viver o futuro. Não queremos ser uma vila engraçada para gente endinheirada que nos visita ao fim de semana. Não queremos ser a Vilamoura da região centro, como por aí já nos chamaram, Não! Os desejos e a luta da Juventude Socialista e dos jovens desta terra é o sonho de podermos viver no sítio onde nascemos, podermos ambicionar trabalhar nele, e podermos deixá-lo ainda para os nossos filhos e para todos os que vierem depois de nós.

Não aceitamos ser subúrbios de ninguém, não vamos ser dormitório de ninguém. Tomar tem uma identidade própria, uma vivência própria, uma alma e um corpo que não estão para ser vendidos ao desbarato, e que têm dono, os Tomarenses. Tomar tem um lugar no futuro e é por ele que vamos lutar e que obrigaremos o PS a lutar também.
Para esta batalha podem recear-nos, para esta batalha sabem que podem contar connosco, e queiram, ou não queiram, vão contar connosco!
Viva a JS! Viva o PS! Viva Tomar!

Hugo Cristóvão
Coordenador da Juventude Socialista de Tomar
intervenção na Convenção Autárquica 2004 do PS Tomar

Onde é que eles foram copiar isto?...

"O vice-presidente da JSD Sérgio Azevedo defende a eleição directa do líder do PSD na moção que irá levar ao congresso do partido, que se realiza de 12 a 14 de Novembro, em Barcelos.
"O Partido Social Democrata não pode continuar "acorrentado" às suas elites. Deverá rapidamente promover a participação de todos na escolha do seu líder", refere Sérgio Azevedo na sua moção, divulgada hoje.
... se os Órgãos Distritais são eleitos directamente, só faz sentido que o mesmo se passe para a Comissão Política Nacional do PSD".
Na moção, o vice-presidente da JDS defende ainda a realização de "eleições primárias" nas Concelhias, para que sejam estas estruturas a decidir efectivamente - através do voto - quem são os candidatos que as vão representar nas listas de candidatos à Assembleia da República e às Câmaras Municipais.
"Que sentido faz uma personalidade do Distrito A ser cabeça de lista pelo Distrito B nas Eleições Legislativas? Que sentido faz a personalidade que mora no Concelho A ser candidata a Presidente do Concelho B? Quando, em muitos dos casos, nem a realidade do dito Concelho conhece?", questiona. "

retirado do Portugal Diário


Política de Habitação

Hoje em dia, a habitação com dignidade, surge como um direito que deve ser garantido, com vista a combater as assimetrias sociais e a diferente igualdade de oportunidades existente. Mas este direito básico, para a existência de bem estar social, tem vindo a ser brutalmente retirado à nossa população em particular a mais jovem e desfavorecida.
A nível nacional, o retrocesso neste capítulo tem sido enorme, afinal de contas como em tantas outras áreas da política social, desde que a coligação governamental mais à direita desde o 25 de Abril, tomou as rédeas do poder legislativo. O fim abrupto do crédito bonificado para os jovens com menos rendimento, foi um dos primeiros e mais significativos ataques que os jovens com menos recursos sofreram na sua já por si dura e longa luta por ter habitação digna e própria. A luta contra esta medida cega, foi forte por parte da Juventude Socialista, mas a falta de sensibilidade social de um governo, que apenas entende o conceito de caridadezinha e não o de política social, colocou de parte qualquer hipóteses de se voltar atrás, já que o interesse era apenas a saúde das contas públicas. Num país, onde 20% da população é considerada pobre, segundo os indicadores amplamente utilizados pelas Instituições Internacionais, pode-se perceber a dimensão do problema da retirada do crédito bonificado, a uma camada etária dizimada pelo desemprego e pelos baixos salários.
Se o caso nacional é muito grave, o que dizer do agravamento que sofre na cidade templária? Tomar, cidade jardim e de História por excelência, arrisca-se com a política do actual executivo camarário a apenas contar para História e não para o futuro, já que cada vez são menos os jovens a se fixar na cidade. Para este facto, é verdade que nem só a má política de habitação contribui, já que a falta de emprego assombra muitos dos jovens, que queiram viver dignamente na nossa cidade. Mas, de qualquer forma não sendo o único factor, a péssima política de habitação em Tomar é uma realidade da qual não se pode sair, na análise da perca de jovens por parte do concelho.
Mesmo, quem for um acérrimo defensor do nosso executivo camarário, compreende que ter taxas para a construção muito maiores que os concelhos vizinhos e mesmo que regiões do país com um nível de desenvolvimento muito superior ao nosso, não é um contributo para garantir o futuro do concelho . Ser jovem e querer habitação em Tomar é por isso um “Cabo das Tormentas”, que só poderá ser alterado para “Cabo da Boa Esperança” por outro tipo de política camarária, que em Tomar só pode ser construída por uma alternativa com visão social, ou seja o Partido Socialista.
Os jovens tomarenses (nomeadamente os de baixos recursos), são desta forma obrigados a ir viver para os concelhos vizinhos, provocando isso um claro envelhecimento e diminuição da população no concelho. Mas, nem só efeitos demográficos isso provoca, já que no médio prazo Tomar pode-se tornar apenas num lugar de repouso da população com mais rendimento, já que a outra foi jogada fora do concelho, pela política de habitação do PSD, a menos que a política seja invertida ou se passem a construir bairros de barracas em Tomar ( Espero que não seja a ideia do PSD).
Em pleno século vinte um, as necessidades de habitação não podem apenas ser consideradas as de ter um tecto, já que existem outros tipos de necessidades para se poder ter uma habitação digna e de qualidade. A necessidade de higiene, espaços verdes, equipamentos desportivos e culturais, assume hoje uma importância vital, que não pode ser deixada de lado, com um planeamento local de má qualidade, que afaste esses factores de bem estar para longe das populações. E neste campo, Tomar ainda está bem longe dos níveis aceitáveis, sendo particularmente preocupante o caso das zonas rurais, que são tantas vezes esquecidas, quando se trata de problemas de qualidade de vida. O saneamento básico continua a ser uma miragem para as zonas rurais, para não falar da recolha do lixo, que nalguns locais do concelho é pouco regular. E o que fez o executivo do PSD, para alterar esta situação? Nada, como em tantas outras dificuldades das zonas rurais.
Mas, nem só na construção de casas novas e equipamentos, se pode centrar uma boa política para a habitação em Tomar. Sendo, necessário uma aposta na melhoria das condições de habitabilidade das casas degradadas do concelho, algumas delas com um assinalável valor arquitectónico, tendo por isso um elevado potencial turístico se recuperadas, para não falar das melhorias de condições de vida dos seus habitantes, muitas vezes idosos de escassos recursos financeiros.
O futuro, não parece nada risonho para a cidade, se existir uma insistência numa política de habitação elitista e privilegiando o urbano ao rural. Mas, acredito que os Tomarenses desejam que os seus filhos e netos venham a viver no concelho, por isso na altura certa, saberão olhar as diferentes propostas e escolher uma estratégia alternativa que traga um futuro mais risonho, a uma cidade com um olhar cada vez mais triste e velho.

Hugo Costa
artigo publicado no jornal Cidade de Tomar de 29 de Outubro

sexta-feira, outubro 22, 2004

Jantar de (o)posição: "Lei do Arrendamento"



A JS Ribatejo / FDS tem o prazer de vos convidar a estar presentes em mais um JANTAR de (o) POSIÇÃO, desta vez em Tomar na Quinta da Anunciada Nova no próximo dia 30 de Outubro pelas 20h30m. O tema em discussão será a nova Lei do Arrendamento e terá como convidados a Deputada Leonor Coutinho e o Secretário Geral da JS Pedro Nuno Santos.

Confirmações de presenças para:
Nuno Antão - 91 217 40 74
Hugo Cristóvão - 93 447 48 04
Paula Baptista - 96 653 05 77
Sede da Federação - 243 322 143

Durante a tarde do mesmo dia, decorrerá no Auditório da Biblioteca Municipal a Convenção Autárquica do Partido Socialista, onde a presença dos militantes e simpatizantes da Juventude Socialista é também importante. Nesta estarão presentes também, entre outros, Pedro Ribeiro, ex-Presidente da FDS/ JS Ribatejo e actual Presidente da ANJAS, Associação Nacional dos Jovens Autarcas Socialistas e ainda, vereador da Câmara Municipal de Almeirim, e José Sócrates ou Jorge Coelho, ainda por confirmar, e que dispensam apresentações. A presença destes na Convenção implicará a provável presença também no jantar.

A presença de todos é importante. Não faltem!
Qualquer dúvida, informação, assunto, contactem p.f.f. o Coordenador Hugo Cristóvão para o contacto acima

Juventude Socialista condena veementemente a atitude contra os estudantes em Coimbra

A Juventude Socialista mostra-se chocada com o que aconteceu ontem durante a tarde, na entrada para o Senado da Universidade de Coimbra, em que os estudantes-senadores foram impedidos de entrar no edifício, tendo-se realizado a reunião do Senado à revelia dos estudantes. A JS condena, ainda, com veemência a forma como a polícia geriu a situação e, em que, onde foram utilizados meios totalmente despropositados e inadequados à situação. Como gás pimenta, bastonadas e detenções. Para a Juventude Socialista impõem-se esclarecimentos claros e concisos por parte do Ministro da Administração Interna, que ontem nada sabia sobre o sucedido com o intuito de apurar a verdade dos factos e de forma a poder proceder-se disciplinarmente sobre os agentes infractores, conforme se vê nas imagens difundidas pela comunicação social. Impõe-se, ainda, esclarecimentos por parte da Ministra da Ciência e Ensino Superior, que tutela a Universidade de Coimbra, para se saber se considera ou não democrática uma deliberação de um órgão em que quase metade dos membros foi impedida de participar. Com este intuito irão ser entregues, hoje, pelo Deputado Gustavo Carranca da JS, na Mesa da Assembleia da República, 2 requerimentos com vista aos esclarecimentos, ora do Ministro da Administração Interna, ora da Ministra da Ciência e do Ensino Superior.
21.10.04

domingo, outubro 17, 2004

A inquietação, o medo, a pergunta.

Há uma aragem que passa por Tomar, uma brisa que agita as mentes e os corpos, cada vez mais forte, como um vento leve que breve traz a tempestade. Corre um sussurro, às vezes um trovão, na cidade, no concelho, uma pergunta repetida ecoa por ruas e caminhos, casas e comércios. Essa inquietação atravessa idades, profissões, classes sociais, e ideologias políticas. Da esquerda à direita, é como uma epidemia que se alastra buscando sedenta a sua própria cura. A inquietação apoquenta, ferve nas entranhas. Uns aflitos na iminência de perder o que julgam ter, outros na esperança de mudar, outros com medo de não fazer parte dessa mudança.
E essa dorzinha que incomoda, esse novo Gral da política tomarense não é mais que uma aparentemente simples pergunta: - Quem é o candidato do PS à Câmara de Tomar?
É certo que uns perguntam para saber em quem “atirar”, conhecer o “alvo a abater”, mas é certo também, que a maioria pergunta em real anseio, em desespero alguns, esperando que esse D. Sebastião desejado apareça, e nos salve de todos os males que o Senhor das Rotundas, D. Toni da Cibernética, Paladino da Pavonice, nos tem afligido. Diga-se: não vai ser fácil, seja ele ou ela quem for, não vai ser fácil a vida pós Paiva, tal o estado calamitoso em que encontrará a Câmara.
Mas nem só por isso não vai ser fácil, não vai ser fácil sequer chegar lá.
Já todos perceberam que o ciclo político desta equipa autárquica (que todos também sabem que não é equipa), chegou ao fim e que dificilmente já algo de bom poderão fazer por Tomar e pelos tomarenses, e que ainda que o fizessem, dificilmente compensaria tudo o que de mau já fabricaram.
E por isso a ânsia de mudar é grande, sente-se nos jovens, sente-se nos comerciantes, nos funcionários da autarquia, nos operários, nos construtores, sente-se em todos os que perderam o emprego, em todos os que vêm os seus negócios falir, as suas lojas fechar, em todos os que vão comprar casa noutros concelhos porque é mais fácil, porque é mais barato. Numa frase: Tomar parou. Ou pior, está em regressão, em especial quando nos comparamos com concelhos vizinhos que há uns anos atrás eram pouco ao pé de nós.
Dir-se-ia: bem, o senhor António Paiva e o PSD não têm qualquer hipótese. Mas as coisas não são assim tão simples, nunca são. A par com desejo de mudança, há sempre o medo da mesma.
E agora, bom, agora, mais que antes, vai começar, já começou, a propaganda, a campanha, a teatrice, o despejar de sorrisos na rua e nos jornais, a obra acabada à pressa para se mostrar, a obra inútil mas engraçada. Sejam passadeiras elevadas, ou arranjos de cimento e alcatrão; a promessa de obras, o alimentar de sonhos, de projectos e grandes concretizações que não fizeram em dois mandatos (oito anos!), mas que agora sim, agora é que vão conseguir realizar. Estes senhores não estão no fundo longe do que se passa a nível nacional, nem poderiam, se temos cá o secretário geral do PSD não é? E que extraordinárias coisas já conseguiu para Tomar...
Tudo faz parte do jogo, e não me levem a mal a expressão, é que tudo na vida é um jogo. Assim mesmo a política, é jogo que se ganha quando se faz acreditar que as nossas ideias são mais correctas que as de outros, e isso está certo, quando se joga limpo, segundo as regras. E a regra primordial na política é: agir em função daquilo que são os interesses dos outros, dos cidadãos, daqueles que delegam o seu poder, para que outros executem segundo os interesses desses mesmos cidadãos. Infelizmente, no país, e em Tomar, nem sempre tem sido assim, os casos do Parque de Campismo e do estacionamento tarifado são exemplos mais que flagrantes.
E é resposta a tudo isto que o PS deve dar, uma alternativa credível, coerente, competente, responsável. E para personalizar essas características, essa vontade, essa mudança, os militantes do PS saberão encontrar a melhor escolha. Mas peço-vos caros concidadãos, não embarquemos na fulanização tão recorrente na sociedade mediática em que vivemos, o PS e Tomar não precisam apenas de um rosto, uma cara fotogénica que convença o eleitorado pelo seu alvo sorriso e o cumprimento fácil a quem vai encontrando na rua. Isso, já temos. E a salvação de Tomar deste rumo que leva, não se poderá centrar numa só pessoa. Isso, também já temos.
Aquilo em que o PS precisa de se centrar, e para isso na devida altura pedirá apoio a todos os tomarenses, é não só em encontrar um líder para a autarquia, um líder forte, competente, que saiba ouvir e agir em conformidade, mas também uma equipa, coesa, uma equipa, em que pelas qualidades de qualquer dos seus membros, qualquer um pudesse ser Presidente. E as qualidades desta equipa não podem ficar-se pela Câmara. Na competência e unidade desta equipa, deverão constar também a Assembleia Municipal e as Juntas de Freguesia. Assim sim, teremos força para poder mudar, força para pôr a descoberto aquilo que se vai escondendo, força para realmente, e não apenas na fachada, dar um futuro a Tomar e aos tomarenses.
O que pode ser pedido é: saibam, queiram acreditar. As pessoas a seu tempo aparecerão, mas mais que às pessoas, atentem nas ideias, atentem nos projectos, e por favor, não tenham medo da mudança, acreditem na inovação, acreditem em algo novo e em novas pessoas e não se deixem levar nem pela foto mais bonita, nem por vãs promessas de outros parques temáticos, porque isso, também já temos.

Hugo Cristóvão
artigo publicado no jornal Cidade de Tomar de 15.10.04

JORNADAS DA EDUCAÇÃO - REFLECTIR PARA AGIR

A Federação Distrital de Santarém do Partido Socialista, dá início durante o mês de Outubro, a um conjunto de iniciativas que, de forma integrada, ao longo de todo o Ano Lectivo, visam conhecer a realidade educacional no nosso distrito e simultaneamente intervir, promovendo a reflexão e o debate em torno de questões centrais para a melhoria do nosso sistema educativo e para o melhor funcionamento das Escolas, recolhendo contributos que visem a efectiva qualidade da Educação e da Formação.
Procuramos assim, criar as Jornadas da Educação sob o tema «Reflectir para Agir». Nesse sentido, ao longo de todo o Ano Lectivo vão ter lugar várias iniciativas que procuram ir ao encontro das preocupações de Professores, Pais, Alunos e outros parceiros educativos da nossa sociedade.Considerando o veto de Sua Ex.a o Sr. Presidente da República, da Lei de Bases da Educação, é fundamental voltar a trazer este documento a discussão para que ele traduza efectivamente orientações que proporcionem o desenvolvimento integrado da Educação e Formação em Portugal.
O debate vai realizar-se através de duas sessões:

20 de Outubro de 2004 – 21H00 – Auditório Municipal de Vila Nova Barquinha – com a presença do Deputado Luís Fagundes Duarte.

27 de Outubro de 2004 – 21H00 – Auditório Municipal de Almeirim – com a presença do Deputado Augusto Santos Silva.

quarta-feira, outubro 13, 2004

Juventude Socialista exige a demissão de Maria do Carmo Seabra

A Juventude Socialista entende, que após os erros demasiado excessivos, o constante sacudir de responsabilidades entre o Ministério e a empresa Compta, a total incapacidade e incompetência, por parte da equipa dirigida pela Ministra da Educação, Maria do Carmo Seabra, de corrigir as constantes trapalhadas do seu Ministério, não existe mais nenhuma alternativa que não a demissão. De acordo com o Secretário Geral da JS, Pedro Nuno Santos, "é inadmissível a situação vergonhosa em que se encontra o sistema educativo, em que os concursos de colocação se realizam com meses de atraso, em que haja professores que constavam das listas preliminares e que depois desapareçam das listas finais, em que existam escolas que ainda não estão a funcionar sequer a 50%, que a 2ª fase do concurso ainda não se tenha, sequer, iniciado. Acresce a tudo isto, ainda, o facto do problema de milhares de professores que são atirados para o desemprego por manifesta falta de estratégia política para o sector, por parte do Governo".
Pedro Nuno Santos vai ainda mais longe exortando "o Primeiro Ministro a acabar de vez com a situação e que cumpra o seu papel de chefe do Governo, em vez de andar a fazer campanha eleitoral populista pelas Regiões Autónomas, e que demita a Ministra, uma vez que a mesma não tem o discernimento para constatar que não está apta a dirigir um Ministério com a importância estratégica para o futuro de Portugal, como é o Ministério da Educação. É tempo de dizer basta".

sem palavras


publicado no acção socialista de 22.09.2004

segunda-feira, outubro 11, 2004

Congresso do PS

Decorreu no passado fim de semana de 1, 2 e 3 de Outubro em Guimarães o XIV Congresso do Partido Socialista, onde, na comitiva do PS Tomar, estiveram também presentes os jotas Hugo Cristóvão, Gonçalo Salgueiro, Rui Lopes e João Morais.
Eis algumas fotos:

os congressistas


o circo mediático


a aclamação


novos projectos, novos dirigentes, novo líder

Política Desportiva para Tomar

Como é do conhecimento geral, o desporto é hoje em dia um importante vector de desenvolvimento regional, já que permite uma melhor qualidade de vida e quando na sua vertente de competição, permite uma melhor publicitação da proveniência dos atletas, do que qualquer folhetim turístico de qualidade muito duvidosa. Para Tomar, cidade turística por excelência, a evolução desportiva aparece como um desafio para o futuro, que está constantemente a ser posto em causa.
A Câmara tem a este respeito, como em muitos outros uma política que vai da megalomania ao nada, passando obviamente pelo rídiculo. Quando se exigia uma aposta mais contínua na formação desportiva é construído um hiper pavilhão, que obviamente pode ser importante, mas não vai dar resposta às necessidades dos jovens e das freguesias. No caso do pavilhão mais que lamentar a sua construção, deve-se perceber, que aquela foi uma má opção a nível de localização, mostrando uma falta clara na qualidade do planeamento urbano. Já ao nível de enquadramento ambiental, dever-se-ia ter optado por outro lugar e o antigo pavilhão podia continuar como apoio às escolas e colectividades.
No campo do rídiculo, encontra-se a destruição do relvado de boa qualidade do Municipal 25 de Abril, para ser substituído por um campo sintético. Os campos sintéticos, como todos os conhecedores da matéria concordam, prejudicam a qualidade do desporto praticado, sendo um claro retrocesso para a qualidade do relvado que já existia. Eu compreendo que o União de Tomar não está nos tempos áureos do passado, mas com estas condições a possibilidade de recuperação é ainda mais reduzida. Paralelamente, Tomar nos últimos anos recebeu jogos internacionais das camadas jovens de futebol, cenário que com o sintético parece ficar para sempre destruído. E os árbitros, que habitualmente escolhem Tomar (com claros ganhos para a cidade), como local de estágio, com o campo sintético não devem estar interessados em voltar. Porque não construir sim campos sintéticos nas freguesias? As freguesias rurais agradeceriam muito, e colectividades como a Linhaceira mereciam essa atenção, mas este executivo camarário pensa que o desporto só interessa para a população urbana. Já agora, seja-me permitido dar uma ideia à câmara: se ela insistir num campo sintético, criar-se uma equipa de Hóquei em Campo, modalidade Olímpica que habitualmente se pratica em sintético, já que o desporto não é só futebol.
Em relação aos nossos clubes e colectividades, a situação é muito complicada para a maioria. O União de Tomar, talvez o maior expoente desportivo da cidade e do distrito, ou não fosse um dos poucos clubes do distrito de Santarém que já actuou na principal divisão do futebol nacional, tendo sido mesmo paragem por alguns meses de Eusébio, é das dificuldades atravessadas um bom exemplo. O União atravessa uma crise grave, sendo necessário um maior apoio camarário (Obviamente, que não me estou a referir às ligações perigosas entre futebol e política) e da cidade em geral, com vista a voltar aos resultados do passado, com contribuições de publicidade assinalável para a cidade.
Mas o apoio tem de ser dado não só ao União, já que o Sporting de Tomar (clube histórico, no Hóquei em Patins) e outras colectividades de menor dimensão vivem igualmente problemas de difícil resolução. Tem de existir um claro apoio às modalidades, nas freguesias rurais e os sucessos desportivos do Santa Cita, Linhaceira, entre outros, devem fazer pensar a Câmara num maior apoio às colectividades rurais.
Mas, mesmo que não pareça o desporto e em Tomar, não é só futebol e hóquei em patins (modalidade que conta com 3 equipas no concelho), e os recentes resultados de atletas tomarenses (mesmo que já não representem clubes do concelho) de outras modalidades, onde o destaque vai obviamente para o Nuno Merino nos Jogos Olímpicos, mas também para outros atletas, no judo, trampolins, ciclismo, entre outros desportos que conseguem resultados de âmbito nacional, ou mesmo internacional.
E se algumas colectividades têm o valor de apostar nessas modalidades, os jovens do concelho estão impedidos ainda assim de praticar em Tomar desportos tão importantes como o Atletismo, Andebol, Basquetebol, Voleibol, Ciclismo, Remo, Triatlo entre outras. Não seria normal a Câmara apostar na prática dessas modalidades, proporcionando condições financeiras e materiais, para existência dessas modalidades que tantos jovens gostariam de poder praticar?
Tomar só teria a ganhar com outra política desportiva, que proporcionasse a todos os Tomarenses as condições para a prática saudável do desporto de lazer, e ao mesmo tempo apostasse no turismo desportivo e de aventura como vector que conseguisse arrastar e fazer chegar à cidade, turistas que habitualmente estavam afastados deste destino. Ao mesmo tempo uma política de desporto para todos, começando logo no apoio ao desporto nas escolas, ajudava muitos jovens a não entrar por caminhos sinuosos e a integrar os jovens vindos de meios socioeconómicos mais complicados, sendo o desporto um claro complemento à muitas vezes complicada tarefa do ensino.
Neste como em muitos outros temas a falta de visão tem sido a regra a nível de política camarária, mas não podemos esmorecer. A necessidade de outra política desportiva tem de partir de todos os Tomarenses, já que muitas vezes este tema é injustamente negligenciado e excluído das políticas públicas. Não nos podemos esquecer que o desporto dá melhor qualidade de vida, ajuda à integração dos jovens, e que tem uma capacidade futura de crescimento turístico assinalável.

Hugo Costa
artigo publicado no jornal Cidade de Tomar de 1.10.2004

Parado...

...tem andado o blog, face a alguns problemas com a internet, entretanto já resolvidos. Não estranhem estes posts seguintes estarem um pouco desactualizados.