quinta-feira, março 31, 2005

Eleições a 25 de Abril

Caros Camaradas:

A vida, como tudo no universo, assim acredito, funciona em ciclos, a eterna alternância, a progressão de estádios, a chegada a muitos fins que quase sempre são novos começos. O mesmo acontece agora à JS Tomar, que chega ao fim de um ciclo para que um novo se inicie.
Dia 25 de Abril, um dia com o simbolismo e a importância histórica que todos conhecemos, realizar-se-ão eleições para os órgãos da concelhia e nesse dia igualmente, deixarei de ser Secretário-coordenador da JS Tomar.
É o meu fim nesse cargo mas para aquilo que realmente importa, a estrutura e os ideais que a sustentam, é apenas um ponto mais numa história que já leva 30 anos, e que tive a felicidade de poder comemorar no meu mandato.
Os que me conhecem mais de perto e em especial os que na Jota me conhecem, sabem que ainda assim o tempo em que formalmente estive à frente da JS Tomar foi mais do que o que pretendera. Foi apenas ano e meio, sim, mas ano e meio que pareceu muito mais. Não nesse sentido do sacrifício naturalmente, mas porque o que foi acontecendo, situação atrás de situação, em especial a este vosso Coordenador, transformou este tempo numa sucessão contínua de acontecimentos que mês após mês, foram adiando a minha saída. Agora, porque as directivas nacionais o obrigam, temos mesmo que ir a eleições – nada mais oportuno, diria. É tempo de cumprir uma das normas que de forma geral defendo, e em especial em política: na juventude mandam os jovens, e para uma organização como a JS, talvez eu seja já demasiado “velho”.
Sei que quem vier a seguir virá bem. Sei que quem vier a seguir trará energias, ideias, e ambições para levar o trabalho por diante, por cumprir o que não se conseguiu, por descobrir novos esforços, por nos manter “grandes”, ou nos fazer “maiores”.
O trabalho que fizemos neste ano e meio poderá parecer pouco aos olhares mais distraídos ou por vezes mal intencionados, mas do pouco que havia muito se fez. A Jota estava mal, é preciso reconhecê-lo, e as razões seriam muitas, basta lembrar por exemplo, que durante vários anos esteve impedida de frequentar a sede do Partido, algo único no país, quando a prática corrente até é a de que seja a JS a dinamizar e gerir a maioria das sedes.
Para isto muito contribui um certo “medo” que alguns demonstram face aos jovens, e quando, alguns vêm a público falar mal do trabalho da Jota, isso só pode significar que de facto estamos a ser bem sucedidos, fosse ou não fosse um ataque ao seu Coordenador, é a Jota que é visada, para o mal e para o bem.

Esse será porventura um dos principais desafios da nova equipa, manter um bom relacionamento com a direcção do Partido, o que não me parece difícil, e continuar a manter o “medo” que os restantes nutrem pela JS. É porque ter medo de algo ou alguém, esse tipo de medo em particular, um medo mesquinho, é apenas mais uma, senão a melhor forma, de lhe mostrar respeito, de lhe atribuir importância.
Os jovens conhecem bem o Partido neste momento, sabem que ele é composto por pessoas, e como em todo o lado, há pessoas boas e há pessoas más, felizmente as primeiras são mais que as últimas, embora muitas vezes, é uma das rasteiras da vida, o trabalho dos maus sobressaia ao dos bons. No fim, tudo se resume a isso, o Bom, e o Mau.
É por isso necessário, e é um trabalho que muito compete à Jota, manter a vigilância sobre o Partido, obrigá-lo a manter um rumo, prosseguir uma boa orientação, e nunca, mas nunca, em especial no que aos jovens concerne, permitir o discurso balofo do “trabalhamos por vocês”, mas exigir sempre o “trabalhamos com vocês”.
A Jota quer-se dinâmica, irreverente, crítica, mas também responsável, lembrando sempre que os caminhos que os do Partido estiverem a trilhar, poderão ter de ser trilhados novamente mais tarde. Que as pessoas passam, mas as instituições ficam, mudando sempre um pouco, mas que mudem pela força das ideias e das convicções, e não dos maus protagonismos, dos que se acham detentores da verdade, ou melhores que todos os outros.

Depois, as relações dentro da estrutura, com os órgãos nacionais, com os órgãos distritais, e com outras concelhias. Relações que, como os que vivem e sentem a Jota bem sabem, nem sempre são fáceis, e onde infelizmente, se vão sentido muitos dos tiques que vamos criticando em alguns do Partido. Alguns protagonismos pessoais que se confundem com os interesses da estrutura, algumas guerrilhas criadas muitas vezes, sabe-se lá quando e por quem, e que apenas desmotivam, dividem, enfraquecem, porque muitas vezes as pessoas se esquecem que estão só de passagem, e porque muitas vezes se não lembram já, que ideais os trouxeram para a luta.
Aqui a nossa concelhia tem uma postura que deve continuar, um rumo que deve manter firme, e uma importância que obriga a que intervenha, a que lute, a que se faça ouvir.
Para este e todos os outros objectivos, é importante que se mantenha coesa, firme, una nos resultados das discussões e nos propósitos das acções, para que também assim seja exemplo.

E no fim, mas talvez o mais importante, Tomar, a nossa terra, o nosso lar, que tão descaracterizado tem sido, que tão poucas oportunidades nos oferece, pede ainda assim, que nós jovens, e os que hão-de continuar, continuem a acreditar que ele é mesmo o nosso lar, que lutem por esta terra, tenham bandeiras, tenham projectos, tenham coragem para as defender, para enfrentar todas as adversidades que nos são colocadas pela frente: a falta de atenção, o descrédito a que muitas vezes são os jovens colocados, a grande ausência de oportunidades a vários níveis. E sempre a luta contra o chavão: “Os jovens são o futuro, é por eles que trabalhamos”.

Os jovens não querem ser futuro, querem ser presente. Na sua defesa, trabalhando com eles, por Tomar, e por um país que se quer mais justo, mais equilibrado, mais dinâmico, mais moderno, mais europeu, defensor da Liberdade, da Democracia, e dos valores, em direitos e deveres, que lhe estão inerentes, a Juventude Socialista de Tomar continuará seguramente o seu trabalho.
Aos que comigo têm estado, o meu obrigado, o trabalho foi de todos e todos foram importantes.
Aos que virão, força, sei que farão um bom trabalho, e no que puder, bem sabem que comigo podem contar.

Por todos nós, Vivam os ideais do socialismo! Viva a Juventude Socialista! Viva Tomar!
O Coordenador
Hugo Cristóvão

JS Ferreira do Zêzere

Os nossos camaradas de Ferreira do Zêzere também já moram no mundo virtual, na página que podem consultar aqui.
Para a concelhia de Ferreira, os nossos votos de continuação do bom trabalho.

quinta-feira, março 24, 2005

Reunião de Secretariado

No próximo Sábado dia 26 de Março pelas 16.00 horas na sede do PS.
Como é quase sempre hábito, aberta a todos os militantes e simpatizantes.
Entre outros assuntos, serão discutidas as eleições para a concelhia a decorrer no próximo mês.
Não faltem!

terça-feira, março 22, 2005

Image hosted by Photobucket.com

quarta-feira, março 09, 2005

Mulheres Socialistas realizam Assembleia-geral

Na semana em que se comemora mais um Dia Internacional da Mulher (ontem, 8 de Março), as militantes socialistas, na sequência da criação do seu Núcleo Concelhio no passado mês de Dezembro, convocam uma Assembleia-Geral, a decorrer dia 12 de Março de 2005 (sábado), pelas 15 horas, na Sede do Partido Socialista, em Tomar.

A convocatória é, naturalmente, extensível às militantes da Juventude Socialista

A reunião terá a seguinte ordem de trabalhos:
1. Informações diversas;
2. Apresentação e discussão do plano de actividades para o 1º semestre.

P'la Comissão Instaladora
Maria Fátima Graça e Anabela Freitas

A Especialização Económica de Tomar

A especialização económica dos diversos espaços geográficos tem sido uma constante na História Universal, com especial incidência desde o alargamento da globalização. Por esse facto é normal que eu ou qualquer cidadão tomarense, me questione sobre a especialização seguida pelo concelho no presente e para que devemos caminhar no futuro.
A Economia desde os seus tempos primitivos se preocupou com essa questão, como facilmente se comprova analisando os escritos do economista clássico de origem portuguesa, mas de nacionalidade inglesa David Ricardo(1772-1823). Esse economista introduziu o conceito de vantagem comparativa, para tentar compreender qual deveria ser a especialização de cada área, tendo em atenção a comparação das suas capacidades.
Saindo da linguagem muitas vezes árida da Economia e para compreendermos em que é que Tomar se devia de especializar, temos de ter sempre em atenção a nossa rica História colectiva, algo que imagino complicado, para o engenheiro que nos desgoverna, já que lhe falta conseguir sentir a História de Tomar e por isso respeitá-la. Essa História mostra a potência industrial que fomos, mas deve igualmente fazer compreender aos tomarenses que esse tipo de especialização pela mão-de-obra barata é hoje impossível, devido ao alargamento do comércio internacional e à perca de essa competitividade a nível nacional, sinal do nosso desenvolvimento.
E em que devemos afinal apostar? Já assim diz o prevenido provérbio popular, “Não devemos colocar todos os ovos no mesmo cesto” e quando o cesto se chama turismo, maiores ainda devem ser os cuidados devido aos imponderáveis que este sector sofre. E mesmo esse turismo (que é fundamental para o concelho), não pode apenas ser restrito ao Convento de Cristo que mesmo ele tem sido muito mal capitalizado pela nossa autarquia. Pelo contrário a forma de procurar o desenvolvimento pela parte do nosso presidente de câmara tem sido a mais errada, ou seja destruir o que nos marcava enquanto concelho. Mas tenho a certeza que os tomarenses compreendem que não é a destruir o nosso tipo arquitectónico e a fazer lombas, pontuáveis para o prémio de montanha no ciclismo que Tomar vai encontrar o caminho certo para o desenvolvimento. E o que dizer dos turistas que nos visitam, depois de passarem horas no trânsito, não terem conseguido estacionar e terem destruído o carro numa lomba, sentem um transtorno que muitas lhes faz apetecer não voltar, por alguma coisa as estatísticas do turismo tem vindo em queda acentuada no concelho, sendo a culpa claramente imputada à autarquia.
Mas para quem quer encontrar outras formas de desenvolvimento para o concelho que na minha opinião tem de explorar o turismo, mas não viver apenas dele, temos de olhar Tomar como um conjunto de 16 freguesias, com problemas distintos e alguns deles muito diferentes. E aí está uma das muitas lacunas do nosso executivo camarário, que não olha os problemas das freguesias rurais, as suas necessidade de possuir boas vias de comunicação e de no fim de contas terem oportunidades de se especializarem economicamente, gerando emprego. Ao contrário disso, a câmara vê a cidade como a única coisa importante, sendo a área rural largada ao total abandono. Sendo que esse abandono só deixa de existir na altura de eleições autárquicas, quando o Eng. António Paiva quer ser reeleito e levar um dos seus angariadores de votos locais à presidência da junta, levando as freguesias que são geridas pelo PSD à falta de competência e de visão estratégica que se conhece.
Tomar se quer crescer, combater o desemprego e ter futuro tem de agarrar finalmente as boas oportunidades e não continuar a desperdiçar as suas capacidades, como tem sido feito. E para se acreditar que isso é possível, basta olhar o que tem acontecido a alguns dos nossos concelhos vizinhos. Romper com o imobilismo, criado pelo “Paivismo” é a única solução para o real desenvolvimento do concelho e não temos de ter medo de apostar nas novas tecnologias, na industria do conhecimento (afinal de contas, temos de aproveitar o Politécnico), no empreededorismo e de acreditar na minha geração, os jovens.
Eu enquanto alguém que ama Tomar, acredito que a mudança está próxima e utilizando uma palavra de uma dirigente do BE na noite que Portugal voltou a acreditar devido à vitória socialista, isto em Tomar vai ser uma “virança”, já que vejo no Partido Socialista de Tomar vontade, determinação e coragem para romper com o imobilismo e trazer para a nossa cidade uma visão que me habituei a ouvir nos bancos de faculdade, como o caminho certo que decisores políticos deviam tomar, a luta pelo desenvolvimento sustentável. Luta essa que é longa, mas possível, propiciando uma autarquia que servisse realmente as pessoas, permitindo uma adequada especialização económica do concelho e um combate ao desemprego.
E acreditem, Tomar em breve vai voltar a acreditar, podendo de uma vez por todas ter um sólido desenvolvimento económico e social, propiciado pela escolha de uma adequada especialização económica. E quanto a quem nos desgoverna e pensa que vive no “Pavaquistão”, lembro que o nosso presidente da Assembleia Municipal (Miguel Relvas) é um dos principais culpados do desgoverno de Durão e Santana, ou não fosse ele o homem que controlava o aparelho do PSD nacional e o Eng. António Paiva não tem um estilo assim tão diferente do incoerente Santana.

Hugo Costa
artigo publicado no jornal Cidade de Tomar de 4.Março.2005

quarta-feira, março 02, 2005

Convite