terça-feira, março 15, 2011

Em defesa da escola pública

Nas recentes comemorações do centenário da República muito se falou do legado da 1.ª República em Portugal e naqueles anos de sonho. E se houve herança que nunca a História poderá esquecer foi a criação do que hoje conhecemos como escola pública, onde a todos era dado igualdade de oportunidades.
Muitos anos passaram, a História em Portugal trouxe outros tempos e desafios. Hoje a Constituição da República Portuguesa define claramente que a Educação deve ser para todos os cidadãos, mas nos últimos tempos o PSD e o seu Projecto de Revisão Constitucional trazem a lume uma sociedade liberal, onde tudo se paga e onde a educação deve ser paga por quem o pode fazer, e quem não pode deve ser atirado para esquemas de “caridadezinha” de escolas de 3ª linha ou para empréstimos financeiros para pagar o mesmo ensino.
Não sou especialista em Educação, mas como cidadão sei que a Escola deve estar centrada no aluno e na sua aprendizagem. Não acredito numa escola para elites, mas no ensino como factor de igualdade e não de multiplicador das desigualdades. Muitos foram os desafios vencidos a nível educativo nos últimos anos, uma escola a tempo inteiro, o ensino de Inglês desde o 1º ciclo do Ensino Básico, o aumento da escolaridade obrigatória, redução do abandono escolar, a Educação Sexual e o retomar do Ensino Profissional e de dupla certificação como bandeira.
É verdade que muito ainda está para fazer e é por isso mesmo que escrevo este artigo. Por muita polémica que tenha causado as reduções orçamentais para o Ensino Privado, as mesmas representam uma questão de Justiça social e de garantir que as Escola Públicas continuem a receber o financiamento necessário.
Nesta legislatura a melhoria das Escolas espalhadas pelo país tem sido uma prioridade do Governo do Partido Socialista como é indesmentível, por exemplo, no nosso concelho as escolas Jácome Ratton e Nuno Álvares Pereira. Estas obras permitem olhar para a Escola Pública com visão de futuro, mesmo que muitas delas sirvam desde logo para a campanha autárquica barata.
O Ensino é o que em Economia pudemos e devemos considerar um bem público com externalidade positiva sobre a sociedade, dessa forma para a construção do próprio crescimento económico e desenvolvimento, o Ensino Público e a igualdade de acesso ao mesmo é fundamental. Hoje temos uma percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) gasto em Educação está na média da União Europeia. E a mesma visão de Escola Pública pode estar em risco com a visão que Passos Coelho tenta trazer para o país, e é essa a razão que me leva a escrever este artigo.

Hugo Costa in Templário

sábado, março 12, 2011

Parva que sou

Muitos de nós já ouvimos a nova canção dos Deolinda com o nome “Parva que Sou”. Uma música que fica no ouvido e que em jeito de crítica social tenta retratar os problemas de emancipação que os jovens enfrentam – as problemáticas do emprego e habitação. Esta até poderia ser uma forma de alertar os mais apáticos para os problemas dos jovens mas penso que pode chegar ao extremo de incentivar à não formação.
Sabemos que obter emprego nem sempre é fácil e que se torna ainda se as escolhas de cada um de nós recaírem sobre cursos com pouca empregabilidade que em momentos de crise como o actual se tornam aparentemente menos precisos. No entanto, nós Juventude Socialista não temos vivido na apatia e há muito que entrámos nas lutas por menos precariedade no emprego jovem. Há muito que lutamos para acabar com os falsos recibos verdes ou com os estágios curriculares de longa duração. E a verdade é que nos últimos anos de governação Socialista se têm conseguido fazer progressos nestas matérias, sendo o aumento de estágios profissionais remunerados um exemplo.
Ao nível da habitação os jovens também enfrentam alguns problemas relacionados na sua grande maioria com os preços elevados das habitações tanto ao nível do arrendamento como da compra, mas também nesta matéria a JS e o PS têm sido forças activas. Ao nível do arrendamento temos defendido o Porta 65 dotando os jovens de maior capacidade de entrada neste mercado de arrendamento. Para além disto a JS tem defendido uma política de habitação a custos controlados destinada aos jovens. Sendo esta uma política que cabe essencialmente aos executivos municipais muitas vezes a JS Tomar tem defendido nos lugares próprios a adopção destes medidas pelo Executivo.
Sabemos que estes problemas nem sempre se resolvem de um dia para o outro mas cada passo que dermos estaremos melhor no entanto esta melhoria nunca se fará pelo caminho da não qualificação, pois com um país mais qualificado poderemos atingir níveis de produtividade maiores e tornarmo-nos mais competitivos.
A JS está atenta aos problemas dos jovens e estará sempre na luta pela sua resolução.

Susana Faria

domingo, março 06, 2011

Comunicado

A Juventude Socialista de Tomar não compreende a atitude do PSD e do CDS que na última Assembleia Municipal se abstiveram perante uma proposta que defendia a primeira reunião do Conselho Municipal de Juventude. O CMJ foi aprovado por proposta do Partido Socialista em 21 de Dezembro de 2009 e até hoje não foram feitos quaisquer esforços por parte do executivo para tornar o CMJ uma realidade. A JS considera fundamental que todos os esforços sejam feitos para que o CMJ reúna, dando voz aos jovens do Concelho.

A JS Tomar congratula-se com a proposta apresentada na última Assembleia Municipal que defendia a criação de hortas comunitárias permitindo aos seus utilizadores uma alimentação mais saudável e económica. Lamentamos os votos contra dos Independentes que parecem não compreender a forma como estas podiam ser muito úteis a uma parte da população tomarense.

A Juventude Socialista de Tomar repudia a recente tomada de posição da JSD distrital que defendeu o encerramento do Instituto Politécnico de Tomar, em prol da hipotética construção da “Universidade do Ribatejo”. A JS Tomar defende como tem defendido uma cooperação com o IPS relativamente a cursos a leccionar de modo a evitar a existência de dois cursos iguais no distrito mas revela-se contra o encerramento do IPT considerando que o ensino politécnico continua a apresentar as suas vantagens.
Secretariado da JS Tomar