quinta-feira, dezembro 28, 2006

Para pensar

"A cultura consumista vive do efémero, faz do passado um mero pretexto de diversão e evasão. Produz demasiado lixo, que não recicla. Vive da precariedade e na velocidade. Foge demasiadas vezes sem destino. Estampa-se insolvente numa qualquer estrada sem que a morte seja mais do que uma ocorrência ou calamidade sem especial significado. A voragem do consumo não tem pensamento estratégico. Esgota-se em si própria, descrente em qualquer salvação. Num mundo de pouca esperança, goza-se o presente que os amanhãs já não cantam."

António José Teixeira
Editorial DN 28-12-2006