quinta-feira, dezembro 14, 2006

PSE

"Congresso do PSE aprova carta para uma nova Europa Social

Os socialistas europeus estão empenhados em “construir políticas progressistas e um novo reformismo”, afirmou José Sócrates no encerramento do VII Congresso do Partido Socialista Europeu, no Porto, que aprovou uma carta com dez princípios comuns para uma nova Europa Social, que vão desde a luta pelo pleno emprego e direitos e deveres para todos, até à aposta na qualificação das pessoas, no âmbito da sociedade do conhecimento.
“Deste Congresso saiu uma mensagem clara: a afirmação da esquerda europeia que sabe o que quer e deseja participar activamente na construção do projecto europeu”, disse o secretário-geral do PS, que renovou a necessidade de uma nova aliança estratégica com os Estados Unidos, para se “trabalhar em conjunto para transformar este mundo num mundo mais justo e seguro”, agora que os ventos de mudança sopram os EUA com a recente vitória dos democratas, abrindo uma janela de esperança para um novo relacionamento com a Europa e com o mundo.

Antes de Sócrates, o presidente do Partido Democrata dos Estados Unidos, Howard Dean, afirmara: “É tempo de os Estados Unidos renovarem as suas relações por todo o mundo. É tempo de tratarmos os nossos aliados com respeito e honestidade e de nos empenharmos na construção de consensos”.

Poul Rasmussen, reeleito presidente do PSE por unanimidade, afirmou, em conferência de Imprensa, que o Congresso do Porto marca o início de “uma nova fase na cooperação política” entre os partidos socialistas da Europa, destacando a relevância do programa com dez princípios aprovado no Porto para uma nova Europa Social. “É um roteiro para o futuro e coerente, para a modernização do Estado Social”, disse.

Entre as muitas personalidades do topo da política europeia que discursaram no segundo dia de trabalhos, destaque para o regresso à cena política de Jacques Delors, o “senhor Europa”, como ficou conhecido quando ocupou a presidência da Comissão Europeia. Na sua intervenção perante cerca de 700 delegados e dezenas de líderes europeus, Delors sustentou que só é possível progredir na construção de uma Europa comum se houver “um mínimo de confiança entre os Estados-membros” da União Europeia."

fonte: www.ps.pt