segunda-feira, fevereiro 28, 2005

VITÓRIA!

Com 46,14% dos votos, a Distrital de Santarém do PS conseguiu alcançar o objectivo traçado para estas Eleições Legislativas com a eleição dos seguintes Deputados:
Jorge Lacão
Vitalino Canas
Idália Moniz
Paulo Fonseca
Nelson Baltazar
Fernanda Asseiceira

Os resultados obtidos ao nível distrital são considerados históricos, onde o PS ganhou em 19 dos 21 Concelhos do Distrito, não vencendo apenas em Ourém e Ferreira do Zêzere.

Em Tomar o PS também ganhou em força, ficando de fora da onda rosa apenas 3 das 16 freguesias: Junceira, Olalhas e Serra.



fotos do comício em Santarém onde estiveram cerca de 2000 pessoas

Voto Jovem

Os jovens são como sempre o futuro da sociedade e representam o que ela tem de melhor através da sua energia e esperança. Contudo mesmo que muitos políticos da nossa praça tentem através de declarações sem aplicação prática mostrar o contrário, a verdade é que a força que os jovens trazem tem sido encarcerada nos últimos três anos de governação da coligação de direita.
O conceito de jovem tem sofrido ao longo da História múltiplas revisões por vários motivos que se prendem com razões económicas, culturais ou apenas pelo aumento da esperança de vida (veja-se que ela nalguns países ainda hoje se situa em valores na casa dos quarenta anos). As camadas mais jovens da nossa pirâmide demográfica tem sido atingidas por um desemprego galopante, por uma péssima política de educação e por políticas de juventude quase baseadas no “pão e circo” dos romanos da antiguidade clássica.
Muitos dos leitores, já pararam de ler nesta parte do artigo, abanando a cabeça e declarando em alto e bom som “Lá estão os putos preguiçosos a se queixar...”, mas para quem tiver infelizmente este pensamento, gostaria que pensassem em qual seria a sensação de serem “atirados às feras” sem as mesmas oportunidades que as gerações anteriores tiveram, nas mesmas circunstâncias.
No próximo dia 20, vamos ter umas eleições legislativas decisivas para o futuro do país, e aí não podemos deixar de pensar o que leva os jovens nascidos no pós 25 de Abril, filhos da democracia e da liberdade a ficarem em casa e terem taxas de abstenção na casa dos 50%. Se esses jovens não vão votar, não é apenas o resultado do seu desleixo, mas sim do espírito que todos ouvimos na boca de muita gente, tirando crédito à política, aos actores políticos e mais grave à própria democracia e seus valores. Como é possível que os jovens votem mais se cresceram a ouvir, “São todos iguais”? Se calhar muito boa gente quando crítica um jovem devia pensar em filmes como o lendário “Fúria de Viver”, onde se pode observar uma geração dos anos 50 sem rumo. Não são esses os nossos avós? Se calhar então está na altura de compreenderem que sempre foi fácil criticar os mais jovens, como demonstra claramente a História...e agora é a altura de mudar e começar a acreditar e apostar na força da juventude.
Que exige a minha geração nestas eleições? De certeza competência, seriedade, frontalidade e que questões mesquinhas de pessoas sem escrúpulos não sejam relevantes, mas sim políticas concretas de emprego, de empreededorismo jovem e de educação de qualidade para todos, sejam as prioridades. E nestes assuntos uma visão estritamente contabilística dos assuntos, como foi tónica do governo PSD-PP, não é claramente a melhor solução, mas sim não ter medo de investir nos jovens e no futuro do país.
De todas as possibilidades que os jovens do nosso concelho tem no dia 20 a melhor é não ficarem em casa, mas sim passearem, irem ao cinema, conviverem com os amigos, namorarem e ganharem muito ao perderem poucos minutos a ir colocar uma cruz no Partido Socialista. Partido esse que através do seu programa reafirma a importância do emprego, da não subida das propinas, da tecnologia, do combate ao abandono escolar, do ambiente e de tantos outras questões fundamentais para os jovens.
É verdade que os jovens tem outras opções e alguns jovens podem achar “porreiro” votar no Bloco de Esquerda, já que o Louça lhes parece um tipo “fixe” e conhecedor dos problemas dos mais novos. Eu enquanto antigo aluno do economista Francisco Louça, considero que ele é realmente bom na sua área cientifica (e minha), mas contra o que muitos pensam, em Tomar não estão a votar nele, mas sim na lista de Santarém do BE. E devido ao nosso sistema eleitoral proporcional, Santarém tem direito a 10 deputados eleitos por um método conhecido por Hondt, pelo qual como é fácil de compreender os votos no Bloco muito dificilmente chegaram para eleger um deputado. E assim em vez de permitirem que os assuntos que fazem bandeira do BE, como a defesa das liberdades individuais sejam defendidos por um partido progressista no governo, ao votarem em partidos que não elegem ninguém estão a dar vantagem à direita, que sempre reprimiu as mudanças necessárias na sociedade.
Outros porém gostaram do estilo “boémio” de Santana Lopes e a esses relembro o mal que ele fez aos jovens em apenas quatro meses. Que mal não faria em quatro anos? Já pensaram que a qualidade de um político se mede pelo que executa e não pela quantidade de revistas cor-de-rosa que vende? E não se esqueçam de quem fez uma política de desemprego (em vez de emprego), aumentou radicalmente as propinas e tem tido uma atitude vergonhosa na campanha, criticando tudo e todos e não conseguindo sequer ouvir as aspirações da sua juventude partidária em relação a questões de urgente mudança na sociedade, preferido utilizar essa mesma JSD para encobrir alguns dos mais “negros” actos de campanha.
Muitos acusam o PS de voltar com a “tralha guterrista”, acusação essa sem fundamento já que o governo Socialista teve a qualidade que todos os Portugueses reconhecem cada dia mais e além disso a aposta em novas caras é uma realidade, como é caso do reconhecido economista Manuel Pinho, cabeça de lista em Aveiro (lista essa que igualmente integra, num dos primeiros lugares o líder da JS, Pedro Nuno).
E para além do Pedro, muitos são os jovens que integram as listas em todo o país, dando energia e força ao projecto de mudar Portugal protagonizado pelo Partido Socialista, não entrando os jovens socialistas na campanha “baixa”, que a JSD tem demonstrado. No nosso distrito são quatro os jovens que integram a lista, lista essa que deve dar orgulho a todos os jovens tomarenses pela presença do Hugo Cristóvão na lista, factor que muito prestigia a JS de Tomar.
Eu acredito nos jovens, assim como em todos os tomarenses e na sua determinação de mudar o país, mudança essa que só é conseguida pelo voto no PS, fazendo com que jovens e menos jovens possam mudar o nosso país.

Hugo Costa

domingo, fevereiro 06, 2005

Festa da JS

BAR Lá Calha

11 de Fevereiro

Oferta da 2ª bebida com a apresentação à entrada do cartão carimbado pela JS
(se não encontrares nenhum por aí, contacta-nos!)
Vem ter connosco e coloca-nos as tuas dúvidas, ou as tuas propostas, para o novo Governo do nosso país.

O futuro é agora!

terça-feira, fevereiro 01, 2005


Caros camaradas e amigos

Somos chegados a mais um momento decisivo da história do nosso país. Certamente um dos mais importantes desde a revolução de Abril que trouxe aos Portugueses a Liberdade, tal a grave situação em que nos encontramos. A verdade é que Portugal está mergulhado numa profunda crise económica e social para a qual nos levaram as erradas e inconsequentes políticas de Durão Barroso, Santana Lopes e Paulo Portas.

A situação é difícil, mas as alternativas são claras: deixar a governação à direita de Santana e às suas alianças com Portas, ou dar uma clara vitória à esquerda que só pode ter um líder, chama-se José Sócrates.

E já bem conhecemos ambos. Por onde passou, Santana deixou a marca da sua incompetência, com obras inacabadas, dívidas exponenciadas e o descontentamento daqueles que nele acreditaram. Já Sócrates tem mostrado a sua determinação, a sua coragem em defender opiniões nem sempre consensuais, mas que necessitam de ser tomadas, falando Verdade, olhos nos olhos dos portugueses.

E depois, há toda uma equipa de velhos e novos protagonistas, pessoas mais conhecidas outras menos, dos portugueses, gente com vontade de fazer crescer este País, gente capaz de fazer mais, de fazer melhor, com Honestidade e Verticalidade por aquilo pelo qual os políticos se devem mover, os interesses de Portugal e dos portugueses.

Nos desafios duma Europa a 25, o PS que nos levou a ela, que nos levou à moeda única, que nos levou mais próximo dos países europeus, saberá também agora, e depois do que muito foi destruído nestes três anos, voltar a dar um rumo ao nosso país, voltar a ter um sonho, de um País mais desenvolvido, moderno e equilibrado!

Também em Tomar aspiramos à mudança, e é preciso ver com clareza e verdade qual o Governo que de facto mais contribuiu para o desenvolvimento da nossa terra: quem mais nos deu em acessibilidades, quem mais nos deu na saúde, na educação, no apoio social?

Com estes três anos de governo da coligação de direita, e num dos Concelhos onde a votação no PSD foi mais expressiva, chegámos a ter três Secretários de Estado e o actual Secretário-geral do PSD.

E o que ganhou Tomar com isso, para além de algumas concretizações erradas que esta Câmara também de direita tem executado? Está Tomar mais desenvolvido? Há mais emprego? Melhor qualidade de vida? Somos mais visitados por Turistas? Vieram mais empresas para o nosso concelho? Temos melhores transportes, melhores acessos, melhores serviços?

Todos sabemos a resposta a estas perguntas, e sabemos também que o prazo para que o PSD, na Câmara ou no Governo, as pudesse dar já expirou.

Chegou por isso o momento de VOLTAR A ACREDITAR, em cada um de nós, no todo de nós enquanto povo, acreditar num país chamado Portugal.

Temos pois por isso, que nos empenharmos todos nas vitórias do PS, que começam em Fevereiro e continuarão certamente em Outubro.

Conte comigo, como eu conto consigo!

Tomar, 24 Janeiro de 2005

Hugo Cristóvão
Candidato a Deputado pelo Partido Socialista
(carta enviada aos militantes do PS Tomar)

Desemprego Laranja

publicado no jornal Templário de 20.01.05

Não é preciso ser um profundo conhecedor da realidade social, para sentir e saber que em todo o país e na nossa cidade um dos principais problemas é a falta de oportunidades de emprego. Sente-se esse medo quando estamos no café, no jardim, na rua ou em qualquer outra conversa, seja ele entre jovens ou menos jovens.
Como finalista universitário, sinto esse problema na pele, com receio de aumentar o número dos “doutores e engenheiros” recentemente formados e esquecidos pela nossa sociedade, que não lhes dá as mesmas oportunidades que eram dadas aos licenciados no passado. Esses jovens depois de anos consecutivos de trabalho, dedicação pessoal e da sua família, são muitas vezes obrigados, para não estarem eternamente sentados no “banco do desemprego” a aceitar trabalhos muito longe da sua formação, abdicando assim de sonhos que os fizeram lutar durante anos. Mas, contrariando muitos mitos sem fundamento que muita gente tenta espalhar na sociedade, a procura do primeiro emprego, para os jovens com menos formação é um martírio de difícil saída, já que a formação profissional é completamente inexistente e esses jovens são largados para o esquecimento. Os problemas para encontrar o seu primeiro emprego são largamente aumentados no concelho de Tomar, onde o apoio à fixação de empresas e ao empreededorismo têm sido quase nulos por parte da autarquia, fazendo com que os jovens deixem o concelho.
Como é do conhecimento geral, nem só de jovens se enchem as nossas estatísticas de desemprego, para não falar que mesmo essas estatísticas não correspondem a uma total verdade, devido às diversas formas de contornar e modificar os índices de desemprego, que os economistas tem trazido para a política. Todos sabemos que o desemprego é implacável em qualquer idade, sendo particularmente preocupante a situação dos trabalhadores que são privados dos seus empregos de décadas, já sem idade para voltar a ser integrados no mercado de trabalho e muito jovens para a reforma. Esta situação acarreta consequências gravíssimas a nível social, muitas vezes perpetuando o “ciclo vicioso da pobreza” através das poucas oportunidades que são dadas aos seus filhos. Todos os Tomarenses conhecem esta situação, em especial devido à falência da antiga indústria existente no concelho, em que muitas famílias foram atiradas para situações sociais muito complicadas, que passado alguns anos ainda estão por resolver.
Ao longo da História o desemprego tem tido uma multiplicidade de visões, dependendo muito de por quem é analisado. Muitos economistas têm uma visão “cínica” do desemprego, fazendo dele uma mera consequência do combate à inflação ou como um simples dano colateral, de uma qualquer política de ajustamento estrutural. Eu pessoalmente prefiro uma visão social do problema, compreendendo que os desempregados e suas famílias estão em situações sociais muito complicadas. Que esperam os jovens à procura do primeiro emprego? Que esperam os milhares de desempregados de longa duração? De certeza que não querem ser vistos apenas como mais um número, mas sim como um problema duro e de urgente resolução.
Várias são as políticas de emprego necessárias, que não têm sido praticadas, tanto a nível nacional como local. E ao nível destas políticas, existe uma clara distinção entre uma política de esquerda com visão social dos problemas e uma política de direita, apenas preocupada com a frieza dos números. Acho que todos já se aperceberam dessa distinção e da falsidade que é a afirmação que não existem actualmente diferenças entre esquerda e direita, afirmação essa contestada por cientista políticos tão conhecidos, como o recentemente falecido Noberto Bobbio. Mas essa esquerda tem de ser uma esquerda que possa governar e assim exercer as suas políticas e não apenas uma esquerda contestatária e de revolta.
Existe a nível nacional, uma clara necessidade de políticas que aumentem o número de investimentos no país, apoiem o empreededorismo e a não deslocalização das empresas existentes, sendo que aí o choque tecnológico proposto pelo Partido Socialista, faz todo o sentido e é uma das soluções do problema. Mas ao mesmo tempo, tem de se garantir uma política social activa, onde se combata as assimetrias sociais através de uma melhor formação profissional, da luta contra o abandono escolar, a garantia de boas condições de trabalho, o aumento dos salários reais e uma preocupação clara de estado de providência para com os trabalhadores desempregados e suas famílias, não permitindo desigualdade de oportunidades.
O que tem sido feito para alterar a situação? Nos últimos anos Portugal foi perdendo os excelentes indicadores deixados pelo governo socialista a nível de emprego, sendo que o aumento de 200 mil desempregados, representa mais 200 mil histórias diferentes de sofrimento e perca de condições de vida deixadas pelo governo PSD-PP, nas últimos anos. A falta de uma boa política nacional de emprego, foi ainda agravada pela inércia que a este nível (e a muitos outros), marcou a política autárquica em Tomar. Agora fala-se do biodiesel... pena é que só se fale nisso em altura de eleições.
A situação é muito complicada e todos os tomarenses conhecem situações de desemprego que afectem familiares e amigos, e no próximo dia 20 de Fevereiro terão oportunidade de voltar a acreditar e começar a mudar o rumo das coisas.

Hugo Costa