Nos últimos tempos a conjuntura política mudou brutalmente com a dissolução (curiosamente anunciada pelo próprio Santana) do pior governo da era democrática, onde as más políticas e a instabilidade reinaram. Como muito já foi dito sobre as razões da queda do primeiro ministro “VIP” e com imagem de boémio, o mais importante agora será reflectir no futuro e nas formas de se evitar que o país chegue novamente ao ridículo que este desgoverno nos proporcionou, conseguindo um feito único de desagradar aos trabalhadores e empresários simultaneamente (pior era uma tarefa desumana…).
Quando o actual presidente da Comissão Europeia chegou a Primeiro-ministro (lugar do qual fugiu assim que teve oportunidade), atirou todas as expectativas económicas para baixo com o seu discurso célebre da “tanga”, mas passado estes anos os portugueses sabem que ele nos enganou e agora sim depois da governação PSD-PP, o país está atolado numa crise económica e social de características gravíssimas para todos.
É por todos evidente, mesmo para os próximos do PSD, que o país precisa de mudar e encarar os desafios do futuro sem medo, já que o país clama por uma maior aposta nas políticas sociais, nomeadamente na educação e na saúde, áreas que estão no centro das prioridades dos países mais desenvolvidos da Europa e esse tipo de políticas em Portugal sempre foram a prioridade de um partido, o Partido Socialista. Por isso os milhares de jovens que são despejados anualmente para fora do ensino por razões económicas agradecem o voto no Partido Socialista, assim como aqueles que diariamente são mal ou mesmo não tratados na desgraça que se encontra o nosso sistema de saúde. Da mesma forma o exército de desempregados, muitos deles jovens com formação superior, que clamam por mais oportunidades de emprego e de empreendedorismo, sabem que o Partido Socialista os ouvirá.
Quem acredita que o mesmo Santana “incoerente” e “trapalhão” conseguirá se regenerar e impor as políticas necessárias a desenvolver Portugal? Julgo que ninguém, a não ser os “santanetes”, que desejam perpetuar os seus cargos, não se preocupando com o melhor para país. Pelo contrário, julgo que é óbvio para todos que o Partido Socialista liderado pelo ex-ministro com provas dadas José Sócrates, quem aparece como única alternativa e possibilidade de evitar a queda de Portugal no abismo. Portugal que ao contrário do que um “velho” ex-ministro do PSD (Braga de Macedo) disse nos anos noventa, nunca foi um “oásis”, mas os portugueses tem de certeza memória do período de crescimento e melhoria das condições de vida proporcionados pelo último governo socialista, liderado por António Guterres, eu era muito jovem mas recordo perfeitamente.
Vários políticos do passado do PSD, tentam limpar a sua imagem e se separar do governo de Santana Lopes, evitando ir ao fundo com ele, mas aí os portugueses devem pensar o que foram eles no passado e o quanto nos prejudicaram com a sua política cega e autoritária. Alguns, chegam mesmo a aplicar leis que até não são muito importantes na Economia Monetária, como é a lei de Gresham à política nacional e esses só nos podem fazer pensar que se os bons políticos expulsam os maus, a má politica do PSD terá de ser varrida nas urnas pela boa política do Partido Socialista.
A luta dos socialistas nesta campanha será dura, mesmo com as sondagens favoráveis tem de se diariamente provar que o veneno do populismo de direita é totalmente falso e “fantoche”. E já que está na moda aplicar leis económicas à política e eu sou aluno de Economia, espero que seja de uma vez por todos ultrapassado o “problema da selecção adversa”, que leva à escolha das piores alternativas, para quem mais estaria interessado nas melhores e para isso é necessário fazer compreender aos portugueses a urgência no voto socialista, para dar outro rumo ao país.
O ano de 2005 é igualmente o ano que para além de ajudarem a limpar o mau governo, os tomarenses vão ter a oportunidade, de varrer com os maus políticos da sua câmara e freguesias, votando na alternativa que deseja construir um concelho melhor para todos, e essa alternativa é de novo o Partido Socialista. Como jovem que sou acredito na voz do povo, e que ela tanto a nível nacional como local saberá na altura que for chamada às urnas, votar em peso no que é melhor para todos. Isso só pode ser feito por um voto no partido ao qual o meu avô chama o da “mãozinha”, e que nada teme ao confrontar as suas propostas de melhorar a qualidade de vida das pessoas com as de populismo, que quer a nível local como nacional, nos tem habituado a direita.
Hugo Costa
artigo publicado hoje no jornal O Templário